BEAT MAG

O Soundwave 2011 está quase chegando, e conversando com uma banda como o 30 Seconds To Mars, é hora de refletir sobre a pura diversidade presente neste excepcional evento. A partir do metal clássico ilustre do Iron Maiden ao metal black sinfônico do Dimmu Borgir; do assalto de surra do Slayer ao rock corajoso do Monster Magnet e High On Fire; da progressividade peculiar de Coheed & Cambria e Primus ao punk 'n' roll de Millencolin, e muito, muito mais. A programação deste ano do festival é pintada com pinceladas muito amplas - e elas não ficam muito mais amplas que o 30 Seconds To Mars.

Adicione o rock energético, atmosférico e alternativo do 30 Seconds To Mars e a platéia do Soundwave é estendida ainda mais. Para os não informados, esta banda possui nada menos que o renomado ator Jared Leto, que tem caracterizado em clássicos cinematográficos como "Requiém Para Um Sonho", "Psicopata Americano" e "Clube da Luta".


Leto permanece com um dos poucos atores que fizeram uma transição bem sucedida e credível da tela para o palco iluminado do mundo do rock, ou vice-versa. Nunca nenhum tipo de banda foi ofuscada pelo prestígio de um único membro como o 30 Seconds To Mars foi, efetivamente em torno de seus 13 anos - desde 1998 - e nesse tempo lançaram três longa metragem, muito bem aclamados álbuns e receberam inúmeros prêmios pelo seu trabalho.


É o guitarrista da banda, Tomo Milicevic, quem expressa seu entusiasmo sem limites para a Austrália, com o Soundwave e a programação com a sua contrapartida inerente de estilos e com um ressalto feliz em sua voz.


"Eu acho que eu estive lá (na Austrália), apenas duas vezes!" Tomo recorda, "esta será apenas a minha terceira viagem para a Austrália, eu estou realmente animado. É legal poder participar do Soundwave Festival, pois sempre ouvi muito sobre isso, e agora comecei a ser parte disso, então isso é ótimo."
"Maiden está nessa também, não? Oh meu Deus!", Tomo ri. "É como se eu nem sequer precise participar, eu vou assistir o show!" ele ri novamente.
"É divertido tocar em shows com um monte de bandas", afirma Tomo, olhando para a idéia de tocar como parte de uma excursão do festival, "e é definitivamente melhor para o público, bem como, para que todos possam ter um pouco de algo que eles gostam. E é isso que deve ser um festival, que deve ser um lugar para as pessoas descobrirem novas músicas, bem como ver algo que elas adoram".


Desde que o 30 Seconds To Mars visitou nossas praias e já experimentou o que o público do rock australiano realmente gosta, Tomo espera mais do mesmo e a resposta altamente excitável e entusiástica que estamos aparentemente num mundo famoso. "Eu espero o mesmo que eu tenho visto e experimentado no passado", ele comenta, "que merda é caos! Anarquia total, dor de cabeça total, bolhas de insanidade."
"Isso é o que nós gostamos em você Aussies", acrescenta ele, "você gosta de ir feito um louco em shows de rock. Nós apreciamos isso!"
Essas audiências australianas não duvidam das palavras gentis, e só espero que eles possam viver de acordo com tais expectativas.


Dada a natureza mais atmosférica da maioria das músicas do 30 Seconds To Mars, o que pode o público australiano esperar de um show da banda em palco, especialmente tendo em conta do caos musical que vai estar acontecendo em torno deles no festival? "Quando tocamos, nós realmente encaramos isso como que estamos prestes a entrar em uma briga," Tomo ri.
"Temos de entrar no palco como se estivéssemos prestes a ser um grande estrondo, como se estivéssemos prestes a entrar em batalha ou algo assim", acrescenta. "Nós só queremos ir lá e dar às pessoas o melhor momento de suas vidas. Nós queremos dar às pessoas uma desculpa para irem e ficarem loucas, e não me importo sobre o que está acontecendo em suas vidas pessoais nesse momento do tempo. Para esse dia, apenas deixe isso tudo rolar. Isso é o que queremos que as pessoas experienciem em nossos shows."
Depois de uma "relativa normalidade" com relação aos shows do Soundwave, na Austrália, o 30 Seconds To Mars está entrando em território relativamente desconhecido. A partir da data final do festival em Perth, a banda seguirá direto para Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos para dois shows, antes de enrolar-se na América do Sul para shows no Brasil e no Chile. Explorar novas áreas e espalhar a palavra em áreas inexploradas do planeta tem sido realmente uma meta para a banda por um tempo, Tomo explica: "Eu realmente não estou certo (como surgiu o show em Abu Dhabi)", diz ele, "Eu sei que o Jared tem tentado por um tempo chegar a alguns lugares diferentes."
"Para nós, o turismo é, e ao mesmo tempo faz parte do nosso negócio porque isso é o que fazemos para ganhar a vida, é muito também sobre a experiência. Queremos viajar e nós queremos ver lugares diferentes, e se há pessoas lá fora que querem ter uma experiência de ver um concerto do 30 Seconds To Mars, nós vamos chegar lá."
"Queremos experimentar culturas diferentes", continua ele, "e só ver o que está lá fora. Nós temos esta incrível oportunidade de viajar pelo mundo, e contribuir para a cultura local de uma forma que é única, e nós sentimos muita sorte com isso. Então, quero aproveitar e pular em todas as oportunidades que nos são apresentadas, então eu acho que é, provavelmente, como elas apareceram para nós."
"Qualquer lugar que queira nos ter, se isso soa como uma viagem legal, nós vamos estar lá!"
O Público australiano não tem muito tempo para esperar agora para pegar um pedaço do 30 Seconds To Mars ação. Basta lembrar de trazer o caos.